A visão do parto como um evento cultural e portanto histórico me fez querer saber mais sobre nossas mães, nossos antepassados, O PARTO DESDE A PRÉ – HISTÓRIA , sua evolução ao longo do tempo e os rumos que ele vem ganhando.
Apesar das mulheres darem á luz desde o inicio dos tempos e de seu corpo estar programado para a reprodução da espécie, as práticas e os costumes que envolvem o nascimento e o parto variam ao longo dos tempos e nas diferentes culturas. (MOTT, 2002)
Como é de se supor, existem poucos documentos que afirmam com precisão como se davam os partos na pré-história, alguns estudos antropológicos sugerem que, no período paleolítico inferior (Antiga idade da pedra 500.000 A 30.000 aC), no momento do parto as mulheres se afastavam do grupo, davam à luz os seus filhos, cortavam o cordão umbilical, queimavam a placenta e regressavam ao grupo com o bebê nos braços. As mulheres não tinham parceiro fixo, não conheciam a origem da gestação e os homens não se interessavam pelo parto, que era realizado sem nenhuma ajuda (ALEXANDRE, 2011; SABATINO)
Na passagem do hominídeo ao homo sapiens e o advento do bipedalismo, no período Paleolítico Superior: (30.000 a 18.000 aC), a pelve sofreu muitas modificações como o estreitamento do canal pélvico, aumento na espessura dos ossos e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. O volume do cérebro dos recém-nascidos chegou próximo dos limites do canal ósseo e o encaixe entre a cabeça e o canal de nascimento. Assim o o bebê humano para nascer, passa a fazer uma série de torções e giros durante o parto para que as duas partes de seu corpo de maiores dimensões — a cabeça e os ombros — estejam sempre alinhadas com o maior eixo do canal.
As modificações evolucionárias da pelve e cérebro humano, também fizeram com que a maioria dos bebês saia do canal de nascimento virado para as costas da mãe, dificultando que a fêmea humana ajude seu bebê, durante o nascimento, com seus braços. É provável que, para compensar essas dificuldades, a seleção natural tenha favorecido o comportamento de buscar assistência durante o parto. (ALEXANDRE, 2011)
Sendo assim o homo sapiens, de hábitos sedentários e alimentação carnívora começa a ter o parto assistido por mestres, familiar ou parteira. O acasalamento torna-se patriarcado (as mulheres começam a ter parceiro fixo) e inicia-se a linguagem e a arte estampada em paredes de cavernas que aponta também a existência de ritos funerários e magia. (SABATINO)
No período Neolítico: (Idade da Pedra - 18.000 a 5.000 aC). Começa a domesticação de animais pequenos, a agricultura, confecção de cerâmica, teares simples, construção de pequenos barcos. Os nascimentos começaram a ser atendidos por parteira ou pelo marido. (SABATINO, 2010)
Simoes ET AL, afirma que “Desde a pré-história o homem sempre observou os animais, a ponto de tirar proveito do conhecimento. Pinturas rupestres mostraram que os humanos na pré-história já tinham identificado o coração como um órgão vital a ser atingido em uma caçada bem sucedida.” (SIMOES ET AL, 2011)

A partir da nossa pré-história, o apoio, a ajuda, o auxílio e por fim a assistência á mulher no momento do parto e trabalho de parto não se restringe aos homens contemporâneos, mas tem suas raízes nas profundezas de nossa ancestralidade. A evolução humana nos mostra que essas práticas possam ter surgido até 5 milhões de anos atrás, quando o advento do bipedalismo constringiu o tamanho e o formato da pelve e do canal de nascimento pela primeira vez e as mulheres buscaram auxílio de alguém próximo. (Rosenberg ET al).
No decorrer da nossa história antiga (4.000 aC a século V) os nascimentos eram realizados por parteiras empíricas com a parturiente, na maioria das vezes em posição vertical, na época da história medieval (século V a século XV), os nascimentos aconteciam por parteiras regulamentadas, com a parturiente em posição vertical e colocada em cadeiras previamente fabricadas e em domicilio. Na história moderna (século XV a século XVIII), os nascimentos eram realizados por parteiras com instrução e por médicos, nesta época aparecem os primeiros livros de obstetrícia. Na nossa história contemporânea que começa a partir do século XVIII e vai até nos dias de hoje, houve muitos acontecimentos e mudanças, várias guerras ocorridas, mas principalmente as mundiais, permitiram avanços tecnológicos para facilitar a morte do inimigo. Muitos destes avanços são hoje utilizados pela medicina onde os nascimentos começaram a ser atendidos por médicos obstetras em instituições denominadas de Maternidades, diminuindo assim as mortes no período puerperal. (SABATINO)
No decorrer da nossa história antiga (4.000 aC a século V) os nascimentos eram realizados por parteiras empíricas com a parturiente, na maioria das vezes em posição vertical, na época da história medieval (século V a século XV), os nascimentos aconteciam por parteiras regulamentadas, com a parturiente em posição vertical e colocada em cadeiras previamente fabricadas e em domicilio. Na história moderna (século XV a século XVIII), os nascimentos eram realizados por parteiras com instrução e por médicos, nesta época aparecem os primeiros livros de obstetrícia. Na nossa história contemporânea que começa a partir do século XVIII e vai até nos dias de hoje, houve muitos acontecimentos e mudanças, várias guerras ocorridas, mas principalmente as mundiais, permitiram avanços tecnológicos para facilitar a morte do inimigo. Muitos destes avanços são hoje utilizados pela medicina onde os nascimentos começaram a ser atendidos por médicos obstetras em instituições denominadas de Maternidades, diminuindo assim as mortes no período puerperal. (SABATINO)
No modelo hospitalar dominante na segunda metade do século XX, nos países industrializados, a gestação e o parto, deixaram de serem eventos familiares, passando a serem acontecimentos institucionalizados, fundamentados na tecnologia, que se revelam em suas rotinas preestabelecidas. As mulheres deveriam viver o parto agora conscientes, imobilizadas, com as pernas abertas e levantadas, o funcionamento de seu útero acelerado ou reduzido, assistidas por pessoas desconhecidas. Separada de seus parentes, pertences, a mulher é submetida a uma série de procedimentos, onde se incluem no Brasil como rotina a abertura cirúrgica da musculatura e tecido erétil da vulva e vagina (episiotomia), e em muitos serviços como os hospitais-escola, a extração do bebê com fórceps nas primíparas (DINIZ, 2005, BEZERRA, 2006).
Como o parto, no decorrer do processo histórico social, deixou de ser um evento essencialmente privativo da mulher, para um evento institucionalizado adaptado às inovações tecnológicas a assistência à mulher passou a ser direcionada ao cuidado técnico de controle do processo de parturição, inclusive do processo doloroso. Desta forma, o parto sem dor passou a ser difundido pelo mundo. A parturiente é submetida a bloqueios regionais (peridural ou duplo-bloqueio) desde o início das contrações dolorosas. Desta forma o numero de cesáreas eletivas vem aumentando abruptamente. (ALMEIDA, 2007; RUANO, 2008).
Diante disso o Ministério da Saúde vem propondo a atenção a parturiente como uma de suas metas, sendo difundida na rede de saúde pública, por meio de incentivos como a Campanha de Incentivo ao Parto Normal e o Programa de Humanização do parto que promove situações que aliviam o desconforto e dor durante o trabalho de parto e também reduzem riscos para a mulher e para o bebê, ao mesmo tempo em que possibilita conforto e segurança para o acompanhante, onde o processo da dor pode ser reduzido através de métodos farmacológicos dentre eles destacam-se a analgesia peridural e raquidiana e os não farmacológicos onde destacam-se as massagens de conforto, acupuntura, aromoterapia, hidroterapia, deambulação, exercícios respiratórios e de relaxamento e musicoterapia, assim estes causam sensação de bem estar e reduzem a dor e o desconforto durante o processo do parto (REIS, 2005).
Nesse contexto, apesar dos números e estatísticas ainda serem altíssimas a cerca do número crescente de cesarianas realizadas no nosso país e no mundo, vejo a cada dia que passa que as mulheres estão mais conscientes do seu corpo, voltando ás suas raízes, a sua ancestralidade e apoderando - se do seu papel na hora do parto. O Ciclo evolutivo das formas de nascer desde a pré-história até nossos dias, após transcorridos milênios a posição da mulher no parto está sendo resgatada. Acredito que todo esse processo tem seu papel fundamental na formação e a evolução da mulher, do homem e do universo.
Referencias:
· MOTT, Maria Lucia. Parto . Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v.10 n.2, Jul. 2002 Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ref/v10n2/14965.pdf > Acesso em 04 Janeiro 2012. doi:10.1590/S0104-026X2002000200009
· ALEXANDRE, Andrezza Franzoni. Evolução do parto humano e da assistência ao parto. Disponível em: <http://www.amigasdopartoprofissionais.com/2011/03/evolucao-do-parto-humano-e-da.html>Acesso em 03 janeiro 2012.
· SABATINO, Hugo. SABATINHO, Verônica. Resgate das Formas de Nascer. Disponivel em: <http://www.immf.med.br/> Acesso em 04 janeiro 2012
· SIMOES, Ricardo Santos; KULAY JUNIOR, Luiz and BARACAT, Edmund Chada. Importância da experimentação animal em ginecologia e obstetrícia. França Rev. Bras. Ginecol. Obstet.. 2011, v.33, n.7,
· ROSENBERG, Karen; TREVATHAN, Wenda. A Evolução do Nasciemto Humano. Disponível em:< http://www.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/humevol/evol-nasc-humano.html>Acesso> em 04 janeiro 2012
· DINIZ, Carmen Simone Grilo. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, Set. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
· BEZERRA, Maria Gorette Andrade; CARDOSO, Maria Vera Lucia Moreira Leitão. Fatores culturais que interferem nas experiências das mulheres durante o trabalho de parto e parto. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 3, Junho 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692006000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 04 Jan 2012. doi: 10.1590/S0104-11692006000300016
· Almeida NAM, Soares LJ, Sodré RLR, Medeiros M. A dor do parto na literatura científica da Enfermagem e áreas correlatas indexada entre 1980-2007. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2008;10(4):1114-23. Disponível em: < http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/pdf/v10n4a24.pdf>. Acesso em: 04 jan 2012.
· RUANO, Rodrigo et al . Dor do parto: sofrimento ou necessidade?. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 53, n. 5, Oct. 2007. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000500009&lng=en&nrm=iso>. access on 04 jan. 2012. doi: 10.1590/S0104-42302007000500009.
FELIZ A MULHER QUE INCORPORA O BICHO MÃE ATL COMO VOCE, NATURALMENTE E BEM FEITO SE AUTO REALIZOU...CONHEÇO ALGUMAS FELIZARDAS E POR PARCERIA DO UNIVERSO, HÁ 25 ANOS CONVIVO COM MULHER QUE INCORPOROU TODA A MAGIA DO SER FEMININO. PARABÉNS! FICO FELIZ POR TER LHE APRESENTADO A MÁGICA E EXUBERANTE ÀGUA SANTA, DURANTE A SUA GRAVIDEZ...TRGA SEU PARCEIRO E SEU FILHO PARA CONHECÊ-LA E MERGULHAR EM SUA EXUBERANTE MAGIA. ABRAÇOS DE AMOR LUZ E MAGIA! WELINTON
ResponderExcluirCom que cortavam o cordao? Que instrumento
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